segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Coração Peregrino

Por: Alexandre Ferrari

Como são felizes os que em ti encontram sua força, e os que são peregrinos de coração!                   

Salmos 84: 5


Nesta breve passagem da sagrada escritura o salmista nos chama a atenção para duas grandes características de um cristão autentico, firme como uma rocha no Senhor. Não é qualquer mensagem, ele nos diz: “Como são felizes” os que permanecem em Cristo e a medida de tamanha felicidade vem  de duas coisas, dependência que gera confiança e principalmente coração! A suprema felicidade cristã primeiramente está numa total necessidade do sustento divino, se a força está no Senhor, significa que é chegada a hora de nos encontrarmos fracos e sem condições de prosseguir a caminhada desta breve vida, portanto os fracos encontrarão felicidade, que grande alento! A total dependência no Senhor só pode gerar confiança, não temos nada nem ninguém que segure nossos pés cansados de tropeçar e mesmo que muitos inimigos nos cerquem a mesma força que nos levanta é a mesma que diz: “Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo". Aleluia! Quando desvanecemos em meio à guerra, não precisamos de nenhum exército, o Senhor é nossa porção, ele é a nossa força! Que alegria! Mas dependência e confiança não estão em nós apenas em palavras e ações, pois: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito”. O verdadeiro cristão é um peregrino, não em palavras, mas em coração, um coração que olha para as coisas do alto, que olha para o sacrifício de Cristo, e enxerga a obra consumada com tamanho amor, obediência e glória. Deus não precisa de um mártir, não precisa de uma falsa santidade, “Ele não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas”. O que Deus nós dá é o grande privilégio de participar de sua obra e de sermos feitos filhos por meio do sangue de cristo e a partir disto proclamarmos o evangelho até os confins da Terra. Ser peregrino de coração é dizer desejar somente uma coisa: "Peço-te que me mostres a tua glória". Ó senhor que este seja o maior anseio de minha alma, conhecer-te cada dia mais, a fim de ser aperfeiçoado e no dia de Cristo poder dizer: “Combati o bom combate, guardei a fé”. Venha você caro leitor, e tome posse da promessa do Senhor, se entregue com coração puro e dependente e sinta a paz que excede todo entendimento. Amém.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Sacrifício de Amor


Por: Alexandre Ferrari

Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

Mateus 18:35

Talvez umas das coisas mais difíceis a se fazer é perdoar, a dor causada pela decepção ou pelo mal que recebemos parece sempre incompatível com a palavra perdão, de modo que o guardar rancor se torna melhor do que o perdoar. Neste texto Cristo nosso Senhor, dá uma sentença clara “se do coração não perdoares” o próprio Deus passa a te afligir mesmo que a ofensa tenha sido praticada contra ti. “Mas que Deus injusto”, pode pensar o leitor, o Deus de justiça não pode punir alguém que foi injustiçado, parece uma contradição! Mas a palavra do Senhor é sempre sábia e nestas poucas palavras o Pai mostra todo seu amor para com seus filhos. A razão pela qual Deus pune aquele que não perdoa seu irmão, por mais que este tenha sofrido grande injustiça, é porque  ele ama. A maior injustiça sofrida na história do universo é a própria injustiça humana contra Deus, o pecado praticado pelo homem contra o espírito santo de Deus é a maior das injustiças, a aniquilação total da raça humana seria a conseqüência lógica para a ação de Deus, mas “porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”, nosso Pai nos perdoou.
Muitas pessoas usam o perdão de Deus para falar a outras pessoas  sobre perdoar, elas dizem: ”Deus concedeu perdão, portanto você também tem que perdoar!”, em certo sentido não é errado, mas ao pensar assim deixamos escondida a grande revelação do Filho de Deus e do seu eterno amor pelos salvos, Deus antes de tudo perdoou porque nos amou e o ápice desse amor é seu filho, sem pecado, pendurado num madeiro, a Cruz de cristo é o perdão, o amor de Deus pelo pecador é o maior motivo pelo qual ele perdoa o pecados anteriormente cometidos. Ó pai, permite que o nosso perdoar não seja uma imposição moral, um peso da consciência, mas que com um coração puro possamos ver o sacrifício de Cristo, a graça imerecida, e cheios do teu amor nos amemos uns aos outros. Em Cristo, Amém!

Quem é comparável a Ti?


Por: Alexandre Ferrari


Quem é comparável a ti, ó Deus, que perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança? Tu que não permaneces irado para sempre, mas tens prazer em mostrar amor. 

Miquéias 7:18


Ó que grandes palavras para um pecador, que grandes palavras. O homem de Deus nos dá uma grande esperança, uma esperança que alegra até a mais triste das almas, a mais triste das almas porque o reconhecimento do estado de pecado e transgressão perante Deus só pode causar tristeza na alma daquele que entende o quão distante estava do Senhor de todas as criaturas, o quão estava distante daquele que é a fonte da vida. Eis um grande sinal daquele que reconhece a grandeza de Deus: “Quem é comparável a ti, ó Deus”. A constatação do pecado vem acompanhada  de uma grande angústia, mas de uma magnífica conclusão: a incomparável grandeza  e majestade do amor de Deus. Mas por que Deus é incomparável? “Perdoas o pecado e esqueces a transgressão do remanescente da sua herança”. Deus, em toda sua justiça santa, tendo todo o direito de destruir o pecador, mostra sua misericórdia dupla, Ele não só perdoa, mas esquece todo o mal, toda a ganância, ira, luxuria, agressão, inveja, todos os instintos destruidores da natureza humana, tudo aquilo que vai contra Sua santidade, Ele perdoa e esquece. O remanescente da herança, aquele que constitui o Israel de Deus, seu povo separado desde antes a fundação do mundo e manifesto em Abraão tem grandes motivos para regozijo.
A palavra nos traz grandes revelações sobre a pessoa de Deus, nosso Senhor não permanece irado para sempre. Muitos rejeitam a ira de Deus, outros fingem que ela não se manifesta, alguns ainda não conseguem conceber a idéia de um Deus irado, como um Deus que é amor pode ter ira? A questão é que a ira de Deus não expressa pecado, mas sim a santidade de sua justiça, um Deus santo é conseqüentemente um Deus justo, não em termos humanos mas em termos eternos. A ira do Senhor é necessária uma vez que é necessária que seja feita a justiça, mas nosso texto diz, a ira não dura para sempre e aqui temos mais uma grande característica do nosso Pai, sua fidelidade, o juramento aos antepassados dura para sempre, a ira de Deus se levanta para destruir o ímpio e para corrigir o salvo, o sofrimento que nos aflige hoje como filhos de Deus não durará para sempre, ele serve apara nos moldar cada vez mais a imagem de Cristo, pois nosso Pai tem prazer no amor. O amor de Deus pelos seus filhos é tão grande  que a maior manifestação de sua Glória é o amor  que ele despende independente de nós, já que nos amou primeiro. Todo o amor, toda justiça, toda santidade e toda a fidelidade de Deus são refletidos em Cristo, onde a justiça por nossos pecados é consumada, o amor ao entregar seu filho é manifesto, sua santidade é mantida para o Louvor da sua glória e sua fidelidade à promessa é proclamada nestas palavras: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei". Aleluia!